Em uma recente entrevista realizada pela jornalista e historiadora Anatxu Zabalbeascoa para o El País Semanal, a arquiteta francesa Anne Lacaton conversou sobre o início de sua carreira no sul da França, a recuperação como estratégia de projeto - em resposta à destruição - e a marca que a África deixou nela e em Jean-Philippe Vassal, seu marido e sócio do escritório Lacaton & Vassal, quando lá viveram nos anos 70.
No entanto, a arquiteta reconhece que, por mais que se esforcem, os arquitetos não têm condições de resolver todos os problemas. "Um arquiteto não é um político nem um sociólogo", disse. "Como pessoa, claro que há situações que te afetam: os refugiados, as periferias. Porém, o poder de intervir e modificar essas situações está na política."
Sobre seus princípios na arquitetura, Lacaton, vencedora do Prêmio Rolf Schock de Artes Visuais em 2014, diz:
O segredo é não começar pelo fim, pela forma. Entender qual é o problema já é 60%. Há muitos problemas. Conseguir que eles não sejam notados e que a arquitetura tenha leveza é uma luta. Ter claro o que se sabe e o que não é essencial para poder tomar decisões. Quando, ao projetar, você se deparar com uma ideia poderosa, deve cuidar dela como se fosse uma flor. Ou você a protege, ou não consegue conservá-la.
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